gestão da educação
Para o autor, com quem compartilhamos as idéias, é necessário organizar-se para a conquista de seu espaço, “para gerir seu próprio destino, para ter vez e
A participação da comunidade na gestão escolar: dádiva ou conquista? voz, é o abecê da participação. Aí a negociação surge, não como boa vontade ou concessão, mas como necessidade de sobrevivência. Somente então haverá ‘vantagens comparativas’ ou cooperação horizontal, não ajudas, favores, tutelas” (idem, p. 26).
É exatamente isto que esperamos da comunidade de nossas escolas. Que não fique na dependência de que alguém lhe dê uma abertura para que possa participar das atividades que lhe dizem respeito, ou ainda que somente comece a participar quando tiver tempo. Que lute e conquiste esse espaço e faça sua própria história. Afinal, a maior prejudicada pela sua falta de envolvimento e de participação é ela própria. Conforme já vimos na introdução deste ensaio, a participação da população na fiscalização dos serviços públicos, além de dificultar a corrupção e a malversação de fundos, promove a melhoria desses serviços em qualidade e em oportunidade.
Importa ainda lembrarmo-nos de que a imobilização e desorganização de nossa sociedade não
“ trata-se de um processo histórico de opressão, ocorrem por conformismo ou indolência. De fato, que conseguiu ‘domesticar’ a sociedade a seu gosto, podendo chegar ao cúmulo de tornar o assistencialismo uma necessidade vital. Já não saberia viver fora das tutelas que a cercam, como se fora um filho que não sabe viver fora da tutela dos pais. Acostumou-se ao parasitismo de tal forma, que já é modo de vida. No entanto, não se ‘decidiu’ pelo parasitismo, mas foi levada a tanto pela estrutura de dominação” (idem, p. 32).
Nisto é que reside a importância da educação como um fator que pode, e muito, contribuir com o despertar dos cidadãos para que se tornem