Gestão com pessoas e subjetividade
Íris Barbosa Goulart
RESUMO
Este capítulo trata do surgimento da noção de subjetividade no âmbito da Psicologia, procurando estabelecer uma relação com o movimento de outras áreas de conhecimento, que ofereceram sua contribuíram para a emergência do conceito. Apresenta-se a análise do processo de construção da subjetividade que é feita por duas abordagens teórica: a Psicanálise e a Psicologia sócio-histórica. Aborda-se, ainda, o significado das modernas organizações relacionadas ao trabalho, referindo-se à importância que elas têm para a construção da noção de subjetividade. Faz-se um alerta para o papel da gestão de pessoas neste contexto, num momento em que se considera que o mais importante capital de uma organização é constituído pelas pessoas..
Introdução
Este texto aborda duas variáveis – o homem e a organização – que estão submetidas à influência das forças de desenvolvimento e que, em contrapartida, se interinfluenciam e ainda pressionam o processo de desenvolvimento (FRIEDMAN, 1987).
Num texto inovador, que sugere uma abordagem humanista para o desenvolvimento estratégico da empresa, Ducharme (1995) propõe que a empresa adote uma nova lógica, baseada na importância dada à interação homem-organização, sobre a qual se assentam temas como a inovação, a aprendizagem, a tecnologia, que se baseia no conhecimento científico, todos esses pilares do desenvolvimento científico, técnico e social das organizações e, portanto, suportes do novo paradigma da era do conhecimento.
As teorias administrativas mais modernas têm sugerido que a chave do sucesso empresarial é o conhecimento e a adequada condução da pessoa e do seu potencial. Valores como o capital, o desenvolvimento tecnológico, a adoção de modelos organizacionais continuam sendo importantes, mas a pesquisa tem apontado que todos eles têm sua utilização afetada pela forma de atuação das pessoas.
A Administração constitui uma área de conhecimento