Gestão ambiental
Os efluentes de laticínios lançados nos cursos d’água provocam danos ambientais graves devido ao caráter extremamente orgânico destes resíduos. Para um laticínio se adequar aos padrões da legislação ambiental, faz-se necessário que algumas medidas sejam tomadas, como a redução dos efluentes líquidos industriais gerados no beneficiamento do leite e seus derivados, e o tratamento destes efluentes visando à redução do impacto ambiental provocado por este tipo de atividade industrial. A água de lavagem sozinha é responsável por sérios danos ambientais, ainda que haja o aproveitamento de todo o soro.
Esses efluentes lançados sem tratamentos adequados nos cursos d’água provocam resultados desastrosos para o meio ambiente. Devido ao caráter extremamente orgânico desses resíduos, tornam-se altamente poluentes, em conseqüência do consumo do oxigênio dissolvido da água. A DBO de um litro de soro varia de 30.000 a 60.000 mg O2. Percebe-se, então, a necessidade de se dar um destino adequado aos efluentes oriundos desta atividade.
O tratamento dispensado às águas residuárias de indústrias de laticínios é, em sua grande maioria, do tipo biológico. Os processos aeróbios são os universalmente usados para o tratamento de despejos de laticínios, porém demandam grandes áreas para a sua instalação, nem sempre disponíveis. Existem vários métodos anaeróbios para o tratamento de águas residuárias, dentre os quais se destaca o Reator Anaeróbio Compartimentado. Em comparação com outros tipos de tratamentos, o processo anaeróbio responde satisfatoriamente bem às flutuações de carga, principalmente quando os reatores já se encontram operando em estado de equilíbrio dinâmico. Vários estudos realizados indicam que o RAC (Reator Anaeróbico Compartimentado) é eficiente na remoção da DBO, contudo, é pouco eficiente na remoção de nitrogênio e fósforo devido às características do processo anaeróbio, portanto é recomendado que o