Gestão ambiental
Conflitos Ambientais e Ocupação da Zona de Expansão Urbana de Aracaju: Distanciamento de uma Prática Sustentável
Sarah Lúcia Alves França (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) Arquiteta e Urbanista, Especialista em Planejamento Urbano pela UNIFACS e Mestranda no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo E-mail: sarahfranca@ig.com.br Vera F. Rezende (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) Arquiteta e Urbanista, Doutora em Planejamento Urbano pela FAU/USP, Professora do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo E-mail: vrezende@openlink.com.br Resumo Nas últimas décadas, Aracaju tem sido alvo de intervenções que comprometem o desenvolvimento urbano, somadas a ocupação do espaço conduzida pela ação do governo, através de seus investimentos públicos e pela valorização imobiliária. A Zona de Expansão Urbana - ZEU definida pelo Plano Diretor como Zona de Adensamento Restrito, abrange o litoral costeiro do sul do município onde estão sendo implantados conjuntos populares, mansões de veraneio, condomínios horizontais e verticais que norteiam para esta área, o crescimento da cidade. A inserção dessas novas tipologias habitacionais tem agravado a degradação ambiental através do desmonte de dunas e aterramento de mangues e lagoas, somadas as condições precárias de infraestrutura e ausência de drenagem e esgotamento sanitário. Essa questão merece destaque no processo de planejamento e gestão, na busca de soluções sustentáveis que minimizem os conflitos urbanoambientais, como a adoção de critérios de ocupação do solo mais restritivos, ancorados nas condições de suporte local para receber habitações, tanto para setores de baixa quanto para alta renda, a fim de compatibilizar ocupação e meio ambiente de forma sustentável, conforme preconiza a Agenda 21. A pesquisa que deu origem a este artigo tem como objetivo refletir sobre as