Gestão ambiental
Há alguns anos, os problemas ambientais eram um tema restrito a um pequeno grupo de ecologistas, pois consistiam em preocupações consideradas próprias de visionários e idealistas, que não faziam parte dos problemas concretos da sociedade. No início tinha-se apenas uma percepção dos efeitos ambientais localizados de determinadas atividades, atualmente toda a humanidade reconhece a gravidade da crise ambiental, que alcançou uma escala planetária, decorrente não de ações irresponsáveis de alguns, mas reflexo do modelo de desenvolvimento.
A responsabilidade ética de empresários e políticos mais arrojados foi capaz de comprovar na prática que há vantagens em ultrapassar essa visão unilateral do meio ambiente como um custo e considerá-la uma oportunidade. A iniciativa de adotar os princípios da gestão ambiental, numa economia que se caracteriza pelo elevado desperdício de recursos, determina um importante diferencial competitivo. Reduzir os custos com a eliminação de desperdícios, desenvolver tecnologias limpas e baratas, reciclar insumos não são apenas princípios de gestão ambiental, mas condição de sobrevivência empresarial.
Segundo Porter e Linde (1995), qualquer organização deve sempre buscar a inovação, seja na prevenção, seja no tratamento da poluição. A melhoria ambiental é capaz de favorecer a produtividade dos recursos e trazer benefícios para o processo, a saber: economia de materiais, conversão dos desperdícios em formas de valor, eliminação ou redução do custo das atividades envolvidas nas descargas ou no manuseio, transporte e descarte de resíduos.
A realidade do ambientalismo dentro do mundo dos negócios tem se desvendado mais complexa do que a simples conformidade com as leis ou a responsabilidade social. A proteção ambiental e a competitividade econômica tornaram-se entrelaçadas. O que anteriormente foi dirigido por pressões que estavam fora do mundo dos negócios é agora direcionado por interesses que existem dentro dos ambientes