Gestor ambiental
3/12/2004
Gestor ambiental ganha espaço nas empresas
As questões relativas ao meio ambiente estão cada vez mais no centro das decisões de negócios. Um estudo da Câmara Brasil-Alemanha aponta que os investimentos em tecnologias ambientais no país já ultrapassam US$ 3 bilhões. E a previsão é de que os gastos nessa área tenham uma expansão anual acima dos 5%.
Nesse contexto, um profissional que ganha mais espaço dentro das grandes corporações é o de gestor ambiental. Cabe a esses executivos desenvolver um papel fundamental na estrutura da companhia, agregando aos modelos de negócio o fator "tecnologia limpa". Ou seja, eles tornam-se responsáveis pela percepção junto aos funcionários de que, para o bom funcionamento de qualquer empresa, o meio ambiente deve ser levado muito a sério. A tarefa exige, em contrapartida, gente altamente qualificada
"Ter um selo verde ou um certificado de qualidade na área ecológica abre portas para mercados externos e até para financiamentos do BNDES", explica Flávia Castro, consultora sênior de assessoria em gestão de recursos humanos da KPMG. O desafio nesse novo cenário está em encontrar soluções para problemas como os de planejamento urbano, leis de controle ambiental mais rígidas, abertura econômica que exige melhorias nos produtos e aumento da conscientização da sociedade civil. E a busca por um equilíbrio fica nas mãos de cada empresa, que traça sua própria estratégia.
A Shell é um bom exemplos de companhia que aposta na presença de um executivo especializado em gestão ambiental. Para ser uma companhia não-poluente, ela possui uma unidade de gestão de meio ambiente, sediada no Brasil, mas com atuação em toda a América Latina. No comando está Luiz Maneschy, diretor corporativo de Saúde, Segurança e Meio Ambiente para a região, que lidera uma equipe de dez pessoas.
O executivo ingressou na companhia há 27 anos como engenheiro de obras e ao longo de sua carreira passou por diversas áreas da companhia,