Gestao
Levando-se em consideração que apenas 12,5% dos municípios brasileiros possuem aterro sanitário (segundo IBGE), que 92,5% dos consumidores nunca se questionaram sobre a forma correta de fazer o descarte de medicamentos (segundo pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Bioquímicas Oswaldo Cruz), que muitos resíduos de medicamentos não são removidos durante os vários processos nas estações de tratamento de esgoto (segundo estudo do COPPE-UFRJ), que o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) não tem nenhum tipo de regulamentação sobre como proceder com os resíduos residenciais e que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não têm normas que abranjam o consumidor final com relação ao descarte de medicamentos, temos então um belo problema ambiental que vai alimentar outro problema, o de saúde pública.
Diante disso não tem como não pensar que há um bom tempo estamos usando água contaminada com substâncias tóxicas originadas por medicamentos descartados incorretamente.
Acredito que muitos leitores tenham consciência sobre este problema ambiental, mas boa parte talvez não saiba a dimensão disso. Digo isso porque eu mesmo dava a mesma importância que os 2 órgãos citados acima dão para o assunto, quase nenhuma. Eu acreditava que o descarte incorreto de medicamentos não poderia ter tanto impacto quanto o descarte de óleo de cozinha e de pilhas e baterias, por exemplo. Mas depois de consultar algumas pessoas e ler mais sobre o assunto, vi que o descarte incorreto de medicamentos é algo muito grave.
Não importa se o descarte do