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Economia
VALIOSA, MAS endividada
Unidade da Seara: as dívidas somam 5,8 bilhões de reais
guto kueten/rbs/folhapress
dívidas que serão assumidas pela JBS. “A Seara tem um valor estratégico imenso, que reforça nossa operação em áreas em que não éramos tão atuantes”, disse Wesley Batista, presidente da JBS.
A holding J&F, dos irmãos Batista, agrega a JBS e negócios em diversos ramos: papel e celulose (com a Eldorado), financeiro (Banco Original), alimentos lácteos (Vigor) e cosméticos e produtos de limpeza (Flora), entre outros. A compra da Seara é mais um degrau na ascensão meteó rica do frigorífico. Há pouco mais de um ano, a JBS não tinha sequer operações de abate de aves no Brasil, até arrendar as instalações da Doux Frangosul e passar a ter a capacidade de abater
1,2 milhão de aves ao dia. Com a Seara, triplicou de tamanho e fica atrás apenas da líder BRF (Perdigão-Sadia). Mundialmente, vai superar a americana Tyson Foods e assumirá a liderança do setor, graças às operações do grupo brasileiro nos Estados Unidos. Outro salto se dará agora na área de alimentos industrializados. A JBS tinha menos de
1% desse mercado e passará a 17% com a Seara, segundo projeções.
A escalada da JBS se intensificou a partir de 2007, quando ela abriu o capital na Bovespa, levantando recursos para sustentar a expansão. Recentemente, a empresa buscou aprimorar a sua administração, atraindo executivos de peso. Há um ano, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles foi contratado para presidir o conselho consultivo da J&F. Sem o apoio do governo, entretanto, a companhia não teria ido tão longe. O BNDES detém 23% das ações da JBS e já concedeu 6,4 bilhões de reais em empréstimos à J&F. Diz
Sérgio Lazzarini, professor do Insper:
“A questão a que o governo e o BNDES não responderam de maneira objetiva é quais são os benefícios para o país que justificam incentivar a formação de gigantes nacionais, como a JBS”. ß DE GRÃO EM
GRÃO A JBS...
...enche os cofres. Com o amparo