Gestao financeira
O score crédito consiste numa análise estatística à qualidade de crédito, ou seja, risco de crédito, de um grande número de empréstimos, correlacionando os incumprimentos desses empréstimos com as suas características e as particularidades dos seus contraentes, permitindo à construção de um modelo onde cada característica contribui para estimar a probabilidade final de incumprimento.
Desta forma, torna-se possível a um banco, seguradora, emissor de cartões de crédito ou qualquer outra empresa de concessão de crédito, estimar a probabilidade de um determinado candidato cumprir integralmente a dívida que se propõe a contrair, formatando o seu perfil e as condições do crédito a que se propõe, numa expressão, normalmente numérica, que serve para avaliar a sua capacidade de cumprimento face à tabela de score de crédito construída com base na análise estatística acima referida.
De acordo com o risco dessa forma atribuído ao pretendente e ao crédito a que se propõe, o decisor de crédito aprova ou não a operação de financiamento e, se aprovar, pode adequar o pricing do crédito ao risco que comporta.
Geralmente o credit scoring produz um indicador final, o score, do devedor. O mais famoso desses scores, amplamente usado nos EUA, é o chamado FICO.
Aqui iremos tratar de dois tipos distintos do score crédito. Que são:
O método teórico (de Depallens) baseia-se num conhecimento teórico.
O método empírico (ex: Altman) utilizam técnicas estatísticas para seleccionar rácios e a ponderação da mesma numa função que permita classificar a empresa no grupo de risco.
Método de Depallens
Existe um sistema de pontuação teórico onde a empresa é caracterizada por cinco rácios:
1. Liquidez reduzida = (activo circulante – existências) / Passivo de curto prazo, onde o seu peso ocupa 25%;
2. Solvabilidade = Capitais Próprios/Capitais alheios, cujo peso é de 25%;
3. Cobertura de Imobilizado = Capitais próprios/Imobilizado, sendo 10% o seu