Gestao de pessoas
Uma das coisas que mais se ouve numa empresa é “Quem foi?”. Qualquer coisa que saia errado e lá vem a pergunta: “Quem foi?”. E todos transformam-se em detetives particulares ou promotores de acusação. “Eu não fui”. “Nem estava aqui”. “Só soube agora”. “Não quero nem saber”. “Eu vi fulano sair de lá agora há pouco”; “Isso tem cara da fulana”. “Tô chegando agora”. “Nem vem pro meu lado que eu tô limpo...”. Você já reparou quanto tempo se perde numa empresa com o “quem foi?” Não estou querendo dizer que saber a pessoa que cometeu um erro ou criou um problema não seja de todo importante. Mas é preciso que fique bem claro que muito mais importante do que saber “quem foi” é resolver o problema. Muito mais importante do que achar quem errou é corrigir o erro! Muitas empresas e pessoas perderam clientes, fornecedores e contratos preciosos porque ficaram procurando os culpados em vez de agir proativamente e consertar o dano causado por alguém. É preciso ter uma ordem clara de prioridade - primeiro resolver o problema; depois achar o culpado. E não como faz a maioria - primeiro procura o culpado e depois vê o que fazer com o problema. Há empresas que são viciadas em buscar culpados para tudo. Com isso incentivam a delação e o “dedodurismo” e nem sempre os verdadeiros culpados são os punidos. Sem sentirem-se à vontade para dar suas opiniões com liberdade, as pessoas escondem seus sentimentos e o ambiente fica cada vez mais falso. Todos fingem e mentem com medo da punição e o clima é de pessoas se apunhalando pelas costas o tempo todo, embora, aparentemente, o ambiente seja cordial e amigo. Analise como é o clima de sua empresa ou de seu departamento ou seção. Veja se, mesmo sem ter consciência disso, você não vem criando um clima de “quem foi?” o tempo todo, e você mesmo está sendo vítima de mentiras cada vez mais freqüentes por parte de seus colegas ou subordinados. Lembre-se que atender o cliente; consertar o erro; resolver o problema é muito mais importante para