gestao de empresas familiares
CURSO: ADMINISTRAÇÃO – 3ª série
GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES NO BRASIL
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, mais de 99% dos negócios são originados de empresas familiares, que empregam mais de 60% da força de trabalho (Leite, 2002). Por ser a grande geradora de empregos, possuir flexibilidade e agilidade, Bernhoeft (1989) vincula o fortalecimento e a modernização da economia brasileira à profissionalização da empresa familiar nacional. 2 Empresa familiar: panorama atual e conceitos
No entanto, a estabilização da economia e a abertura do mercado em decorrência da globalização dificultam a permanência e consolidação de um empreendimento familiar por muito tempo. Acredita-se que as mudanças econômicas enfrentadas pelo país, a partir de 1994, levaram a venda e mesmo à falência de muitas empresas que não estavam acostumadas a lidar com um perfil de economia estável. Lodi (1987) é um dos autores que questiona a longevidade das empresas familiares e afirma que as empresas de terceira ou quarta geração são raras no contexto brasileiro. O autor complementa que as sementes para a destruição estão no fundador e na família, enquanto o caminho para a sobrevivência das empresas passa pela capacidade da família em administrar suas relações com a firma e evitar forças centrífugas nas fases de sucessão. Em meio a este cenário, surge a necessidade de se compreender também o processo sucessório vivenciado por empresas familiares, pois de acordo com a literatura pesquisada este é um momento-chave no desenrolar da história de vida deste tipo de empresa. Lank
(2001) ressalta que, sendo as empresas familiares umas das maiores propulsoras do bem estar social e econômico de todas as economias capitalistas, sua fragilidade no processo sucessório deve ser um motivo de grande preocupação. Assim, a mortalidade de empresas familiares é um elemento que estimula o conhecimento dos motivos subjacentes ao processo sucessório. Com base no exposto, torna-se