Gestalt
Por Alina Purvinis (CRP: 06/1828-1)
No campo da psicoterapia, existem várias modalidades de tratamento. Algumas são mais conhecidas pelo grande público, como por exemplo, a psicanálise, criada por Freud. A maioria das pessoas já ouviu falar, leu, viu na televisão ou no cinema algo a respeito, e a imagem que vem é a do analisando deitado no divã, contando seus sonhos e fantasias, e o psicanalista sentado na poltrona colocada atrás do divã ouvindo a maior parte do tempo, e eventualmente fazendo alguma interpretação, trazendo à tona algum aspecto obscuro escondido no inconsciente.
Mais recentemente é comum encontrar em jornais e revistas, matérias sobre distúrbios cada vez mais freqüentes como depressão e pânico, e o tratamento preconizado geralmente é medicamentoso (prescrito pelo psiquiatra) e a terapia "cognitivo comportamental", vista como uma terapia breve e focalizada no sintoma.
A Gestalt - terapia foi criada por Frederick (ou "Fritz") Perls e um pequeno grupo de psicoterapeutas, na década de 1950. Fritz fazia críticas ao método freudiano, muito voltado para o passado e muito interpretativo, e propunha uma terapia centrada no aqui-agora e na experiência concreta do sujeito englobando a sua totalidade: corpo, sensações, emoções, sentimentos, pensamentos, fantasias, sonhos, enfim tudo que está presente naquele momento, tudo que constitui o campo de experiência único daquela pessoa, com todos os seus valores e significadoS. Aliás, "gestalt" é uma palavra alemã que significa "configuração" a maneira peculiar como cada sujeito estrutura a percepção de si mesmo e do mundo.
Fundamental na Gestalt-terapia é a relação que se estabelece entre o terapeuta e o cliente. Procura-se construir uma relação autêntica, genuína, pautada pelo diálogo de pessoa para pessoa, no decorrer da qual, pouco a pouco, o sujeito vai ampliando sua percepção e atribuindo seus próprios significados.
Assim, o sintoma (seja ele qual for, depressão,