Gestalt-Terapia é uma abordagem psicológica, uma terapia holística, uma arte de viver, uma forma particular de perceber as relações do ser humano com o mundo. Foi fundada na década de 40 na África do Sul, por Frederick Perls e Laura Perls, se expandindo em várias partes do mundo, principalmente nos EUA, em 1960, em meio aos movimentos de contracultura, os quais Perls fazia parte. Ambos, com a ajuda de colaboradores, fizeram uma síntese coerente de várias correntes filosóficas e puderam usufruir de várias idéias de outros enfoques terapêuticos como a Análise do Caráter de Reich, a Psicanálise, a Fenomenologia, o Existencialismo, o Humanismo, a Teoria Organísmica de Goldstein, a Psicologia da Gestalt, a Teoria de Campo de Lewin, o Psicodrama de J. L. Moreno e a Filosofia Zen-Budista. Assim, formularam uma modalidade psicoterápica que atraiu a atenção por sua proposta inovadora, que valoriza a criatividade do psicoterapeuta, a espontaneidade, a percepção, a autenticidade, a intuição, as sensações, a experimentação ativa e imediata, a tomada de consciência (awareness), a ação, a ênfase no presente (aqui e agora – termo usado na GT), a relação sincera e de confiança entre psicoterapeuta e cliente e o contato autêntico com o mundo interno, considerado mais importante do que qualquer espécie de interpretação. Ou seja, aquilo que é sentido e percebido passa a ser mais confiável do que aquilo que é explicado ou discutido. Gestalt é uma palavra de origem alemã, que significa “dar forma”, “dar uma estrutura significante”, isto quer dizer que, para compreender da melhor maneira o comportamento do indivíduo, não basta apenas analisá-lo (somente através da fala, por exemplo), mas, sobretudo perceber tal comportamento a partir de um contexto global, de uma visão mais ampla, em sua totalidade. Por isso, que na GT diz-se que “o todo é diferente da soma das partes”. Na GT, devido à influência do Existencialismo surge a necessidade de compreender o indivíduo a