Gestalt
A Teoria Geral da Gestalt
Gestalt é uma palavra derivada da língua alemã (Gestalten) que significa, entre outras possíveis interpretações, “configuração, dar forma, dar uma estrutura significante, expor ao olhar”.
Serge e Anne Ginger, em seu livro, “Gestalt – Uma Terapia de Contato”, definem a teoria da gestalt, da seguinte forma:
“[...] teoria segundo o qual o nosso campo perceptivo se organiza espontaneamente, sob a forma de conjuntos estruturados e significantes (formas boas ou gestalts fortes e plenas)”. (GINGER, 1995, p.13)
Segundo o psicólogo austríaco Ehrenfels (1859-1932), esta teoria trabalha com dois conceitos fundamentais: o supersoma, que mostra que o todo é mais do que a soma de suas partes e o critério da transponibilidade, que propõe que a forma (gestalt) se sobressai aos elementos que a compõe.
A partir dessa nova teoria, surge uma corrente psicológica que preconiza que, as nossas percepções são mais do que as sensações de estruturas isoladas e impostas a nossa consciência pelos órgãos dos sentidos – como demonstrava Wundt em seus laboratórios de experimentos sensoriais -, mas tratava-se de algo mais complexo que envolvia a consciência e suas diretrizes espontâneas que, se encarregava de unir os elementos exteriores fragmentados - e por isso, destituídos de sentido per si -, para integrá-los em um Todo dotado de sentido a própria consciência (o ser) do indivíduo em inter-relação com o meio inserido. Surge assim um modelo que explica a realidade de um ponto de vista psicofisiológico.
Com isso, pode-se dizer que a psicologia da gestalt (gestaltismo) – a priori - busca compreender os processos e fenômenos psicológicos que estão envolvidos na percepção, na ilusão de óptica; sendo utilizadas para a realização destes estudos, imagens e obras de artes que poderiam ser interpretadas de diferentes maneiras por diferentes pessoas, através da dinâmica perceptiva entre forma e fundo.
“Todo campo perceptivo se diferencia em