Gerogy snyder
454 palavras
2 páginas
George SnydersGeorge Snyders, professor honorário de Ciências da Educação da Universidade de Paris.
"No final da Guerra, depois que os americanos já estavam na França, fui preso e deportado. Este episódio me marcou muito porque foi aí que tive a experiência da infelicidade, da miséria, da humilhação. Era bom aluno, me saía bem nas provas, a vida ia bem e, bruscamente, pela primeira vez, apanhei, passei fome. Foi a partir deste momento que comecei a me preocupar com aqueles para quem esta experiência, que foi para mim temporária, representa o cotidiano."
"É isto que perdemos de vista em Educação: o aluno precisa ter consciência da distância que há entre os grandes artistas e nós todos. Para tanto, ele precisa conhecê-los cada vez melhor a fim de que suas próprias produções sejam cada vez mais originais, mais válidas e mais ricas. É este ir e vir entre sua produção e a obra dos grandes artistas que enriquece o trabalho do aluno."
"Dizer a verdade aos alunos não é suficiente para que eles aprendam. Para convencê-los é preciso explicar por que eles se enganam. Deve-se iniciar, assim, pela crítica à sua concepção, para apresentar, depois, a teoria."
"Quanto mais os alunos enfrentam dificuldades - de ordem física e econômica - mais a Escola deve ser um local que lhes traga outras coisas. Essa alegria não pode ser uma alegria que os desvie da luta, mas eles precisam ter o estímulo do prazer. A alegria deve ser prioridade para aqueles que sofrem mais fora da Escola."
Publicação: Série Idéias n. 11. São Paulo: FDE, 1991
Páginas: 159-164
Georges Snyders, professor honorário de Ciências da Educação da Universidade de Paris, é especialmente conhecido no meio educacional brasileiro através de dois de seus livros:
Para Onde Vão as Pedagogias Não-diretivas?
Escola. Classe e Luta de Classes.
Inúmeras vezes, ao ler um texto que nos entusiasma, ficamos a cismar sobre quem e como é essa pessoa que expressa pensamentos tão ressonantes em nós.
Olhar, rosto, emoção,