Germinal

O filme retrata a rotina precária de um grupo de trabalhadores de uma mina de carvão da França, no século XIX, diante da Revolução Industrial, num contexto de crescimento do Capitalismo, e exploração máxima da força de trabalho, bem como de ideais revolucionários que iam contra essa ordem econômica.
O processo de Revolução Industrial foi importante para modificação das relações sociais, com a implantação de um capitalismo industrial, em que a massa populacional era marginalizada e explorada com extensas horas de trabalho. Toda a família era obrigada a trabalhar nas minas, para garantir um mínimo necessário para sobrevivência, que ainda era insuficiente devido à desvalorização e baixa remuneração pelo trabalho realizado.
Paralelamente à historia dos mineiros, é retratada também a rotina da burguesia e seu cotidiano de luxos e regalias, mantida às custas da exploração dos trabalhadores. O contraste parece ser proposital, com o objetivo de fazer quem assiste ao filme tomar partido dos trabalhadores.
No filme, a chegada de um jovem (novo trabalhador da mina) dotado de visão contestadora, acaba fazendo surgir entre os trabalhadores questionamentos quanto à situação exploratória vivida até então. O novo empregado se une a um antigo trabalhador da mina, e começam a se organizar para exigir melhores condições de trabalho. Não sendo atendidos decidem promover uma greve.
A burguesia juntamente com o Estado, através do emprego da opressão, em prol da ordem, reprimia o movimento grevista, gerando verdadeira barbárie na cidade, violência, mortes, além do enfraquecimento do movimento operário, e na descrença de que se pode conciliar os interesses da burguesia com os do proletariado.
No final, a inevitável derrota dos trabalhadores, mas uma derrota que não deixava os vitoriosos tranquilos, pois sabiam que os trabalhadores haviam descoberto sua força.
A cena final do filme, trata-se de uma metáfora, onde o trabalhador afasta-se da mina, e observa as sementes germinando no campo.