Germinal - o filme
O processo da industrialização iniciada em meados do século XVII deu origem a duas classes sociais bem diferenciadas: a burguesia e o proletariado. Estas classes tinham como espaço comum as fábricas, pois ambas participavam da produção, a burguesia como gestora e a classe operária executora das metas de produção. Mas havia entre elas um abismo de desigualdades sociais e diferenças culturais. O trabalho dos operários era coletivo, e o enriquecimento era para os pequenos grupos a burguesia bem remunerada e a maior parte ficava na mão do empresário capitalista. As péssimas condições de vida e trabalho provocavam revoltas e manifestações de descontentamento dos trabalhadores desde o começo da Revolução Industrial.
O filme é baseado nestas ocorrências e apresenta a luta dos trabalhadores por melhores condições de vida e de trabalho digno, em uma época marcada pelo liberalismo econômico, onde inexistia direitos que protegessem trabalhadores, recebiam salários baixíssimos e viam toda a sua família se encaminhar para o mesmo tipo de trabalho e sendo submetidos as péssimas condições, pouco restou aos trabalhadores senão a luta contra aqueles que os oprimem.
A historia apresenta a situação de uma família, que se encontrava em condições de miséria e penúria, com o aparecimento de um novo operário que já possuía vivência em termos de criação e fomentação de movimentos reivindicatórios possibilitou dar o primeiro passo para então, criar condições de sobrevivência para os trabalhadores tendo em vista que uma greve poderia se prolongar por um longo período de tempo, por isso, criam uma caixa de resistência, com a qual todos os operários deveriam contribuir. A diminuição dos salários e o pouco caso dos patrões em relação à segurança e a saúde dos trabalhadores aumenta ainda mais as tensões.
Há um momento no filme que a companhia contrata trabalhadores da Bélgica e ameaça despedi-los caso a greve permaneça. Alguns trabalhadores,