Geriatria & Gerontologia
BREVE HISTÓRICO DA GERIATRIA E GERONTOLOGIA
O processo de envelhecimento sempre foi motivo de inquietação desde os primórdios da civilização. O estudo sistematizado teve início com Elie Metchnikoff, em 1903, que defendeu a criação de uma nova área da ciência, a Gerontologia (Gero: velhice; logia: estudo).
Na América do Norte, no início do século XX, Ignatz Leo Nascher, médico generalista, dedicou-se ao estudo clínico da velhice, tendo sido responsável pela criação da Geriatria como especialidade médica. Em 1914 publica o livro Geriatrics: the diseases of old age and their treatment, including physiological old age, estabelecendo as bases da abordagem clínica do idoso, sendo considerado o Pai da Geriatria.
Marjory Warren (1897 a 1960) , médica inglesa, estabeleceu os princípios básicos da intervenção gerontológica na sua enfermaria para idosos, que tornou-se a “meca” da Geriatria (1935), onde defendia a importância da avaliação multidimensional e interdisciplinar do idoso, demonstrando os benefícios da reabilitação. O estudo sistematizado do processo de envelhecimento é fundamental para desmitificá-lo, evitando-se assim condutas e comportamentos inadequados e iatrogênicos. Diagnósticos como senilidade são demostrações claras da indiferença que os profissionais da área de saúde, particularmente os médicos, tem em relação à abordagem da co-morbidades presentes nos idosos frágeis.
DEMOGRAFIA BÁSICA
IDOSO
O conceito de idoso é variável. Cronologicamente, idoso é todo indivíduo com 65 anos ou mais, nos países desenvolvidos, ou 60 anos ou mais, nos países em desenvolvimento, como o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde. A idade cronológica não tem nenhuma conseqüência individual. É fundamental para o planejamento das ações de saúde à nível coletivo. Deve ser diferenciada da idade biológica (órgãos e sistemas fisiológicos principais), funcional (autonomia e independência) e psíquica (grau de amadurecimento),