Gerhard Domagk e a descoberta das sulfonamidas
Gerhard Johannes Paul Dogmak foi um microbiologista alemão nascido a 30 de Outubro de 1895. Até aos 14 anos frequentou uma escola em Sommerfeld onde o seu pai era diretor. A sua mãe viveu em Sommerfeld até 1945 altura em que foi expulsa de casa e acabou por morrer de fome num campo de refugiados.
Tornou-se estudante de Medicina em Kiel e, aquando da Primeira Guerra Mundial, serviu no exército até que em Dezembro de 1914 foi ferido. Posteriormente, foi enviado para o Serviço Sanitário e trabalhou, entre outros lugares, nos hospitais de coléra na Rússia. Durante este tempo, ficou impressionado com a incapacidade dos médicos para lidar com doenças infecciosas como a cólera e o tifo. Foi extremamente influenciado pelo facto de, naquela altura, a cirurgia ter pouco valor no tratamento destas doenças e até amputações ou outras formas de tratamento mais radical serem frequentemente seguidas de infeções bacterianas graves.
Em 1918, retomou os estudos médicos em Kiel e em 1921 graduou-se. Em 1923, mudou-se para Greifswald e trabalhou no departamento de Anatomia Patológica na Universidade de Greifswald onde investigou infeções causadas por bactérias. Em 1924, manteve a mesma atividade mas na Universidade de de Munster, tornando-se, em 1958, professor de Anatomia Patológica. No entanto, de 1927 a 1929 abdicou de trabalhar na Universidade de Munster para fazer investigação nos laboratórios da IG Farben em Wuppertal.
Em 1929, a IG Farben construiu um novo instituto de pesquisa para Anatomia Patológica e Bacteriologia e, assim, em 1932, Gerhard Dogmak fez a sua grande descoberta pela qual ganhou o Prémio Nobel da Medicina em 1939. Ele mostrou que o “prontosil rubrum” (um corante vermelho) protegia ratos e coelhos contra doses letais de estafilococos e estreptococos hemolíticos. O prontosil era um derivado da sulfonilamida (p-aminobenzenosulfonamida) que tinha sido sintetizada em 1908 por Paul Gelmo. No entanto, devido a