Gerenciando a redução da criminalidade
RUDOLPH W. GIULIANI, prefeito da cidade de Nova Iorque, em 1994, se comprometeu em fazer alguma coisa a respeito da criminalidade descontrolada que mantinha a cidade como refém, chegando a dados alarmantes entre 9000 a 10000 crimes graves por semana e algo entre 1800 a 2200 homicídios por ano. Juntamente com Bill Braton Comissário de Polícia, e Jack Maple, subprefeito e responsável pelo Departamento de Polícia de Nova York, implantaram um processo chamado de “COMPSTAT”, que combinava duas técnicas: primeiro coletava-se e analisava-se os números sobre a criminalidade, para a identificação de padrões e para a detecção de problemas potenciais antes do alastramento. Nas reuniões do COMPSTAT, usava-se esses dados para questionar o comando de cada região administrativa – 100 policiais de cada vez, abrangendo desta forma todos os níveis da hierarquia, além de representantes de todo o sistema de Justiça criminal, reuniam-se numa grande sala, para análise minuciosa dos números mais relevantes.
Em seguida, partiu-se para a verificação de quem comprara ou não a idéia de prestação de contas, onde deixou-se claro para todos que ou adeririam ao Compstat ou deveriam procurar outro emprego, pois qualquer gerente cujo coração não estivesse comprometido com o novo sistema era persuadido de que chegara a hora de aposentar-se ou de encarar um rebaixamento. Já os membros da força policial que estivessem imbuídos do sentimento do sentimento de que o Compstat não só melhoraria a cidade, mas também tornaria seu trabalho mais compensador eram promovidos e investidos em funções de liderança.
Os crimes ocorrem por um conjunto de razões extremamente complexas, às vezes até sem motivo algum. Obviamente, não é possível prever onde e quando ocorrerão os crimes, mas para tentar, é preciso pelo menos saber o que está acontecendo.
Durante anos, os números do Departamento de Polícia que recebiam mais atenção eram a quantidade de prisões