Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos
A problemática dos resíduos sólidos urbanos abrange aspectos relacionados à sua origem e produção; assim como lhe é sugerido o conceito de inesgotabilidade, ou seja, os resíduos sólidos urbanos são inesgotáveis em vista de sua origem e podem causar diversos reflexos ao meio ambiente, principalmente a poluição do solo, do ar e dos recursos hídricos (QUEIROZ LIMA, 2004).
O aumento da densidade populacional, a intensificação dos processos de industrialização, os hábitos de consumo (principalmente alimentício), o crescente desenvolvimento econômico e até mesmo as variações culturais se apresentam como grandes vilões da situação atual de produção e origem dos resíduos sólidos urbanos no mundo, que constantemente são manuseados de forma incorreta ou inadequada, oferecendo risco tanto ao meio ambiente, quanto a população. Para Philippi Jr (2005, p. 272), os resíduos constituem, em todas as definições, subprodutos da atividade humana com características especificas, definidas geralmente pelo processo que os gerou.
A geração de resíduos é parte do dia-a-dia do ser humano e não se pode imaginar um modelo de vida ou um ser que sobreviva sem a produção do mesmo. Um fator preocupante é que a população mundial está crescendo desordenadamente de maneira incontrolável; e a tendência é que este aumento se torne constate, podendo até duplicar nos próximos anos. Isso implica em uma necessidade maior de alimentos, maior disponibilidade de moradia e maior necessidade econômica, resultando em uma massa inacabável de resíduos, entulhos, restos que conseguintemente agravará as causas do desiquilíbrio ambiental.
Os problemas relacionados à falta de gestão ou gestão inadequada de resíduos são de grande complexidade. Uma vez que dispostos de forma incorreta, formam abrigos para ratos, baratas, moscas, animais de maior porte como cães, aves, suínos, etc. denominados macrovetores e vermes, bactérias, fungos, actinomicetos e vírus chamados