Gerenciamento de crises policiais
Ocorrência com reféns localizados; situação que ocorre eventualmente e exerce um forte poder de atração por parte da sociedade e conseqüentemente de todos os veículos de imprensa por colocar à prova o aparato público. Vários aspectos no gerenciamento desse tipo de crise já foram sedimentados na doutrina vigente, desde a importância do isolamento da área, dos perímetros de contenção, das relações com a imprensa, do perfil do negociador, das técnicas de negociação, da importância da definição de papéis e inclusive a questão da troca de reféns, neste último particular é imperativo ressaltar que, o gerente da crise deve ter em mente que, o princípio a ser seguido é não aumentar mais a gravidade dos fatos. Não se deve adotar nenhuma postura que aumente a complexidade da situação, não só sob o ponto de vista do resultado, mas também sob o fundamental aspecto dos métodos e processos que conduzirão até ele. Na situação de refém, se uma vida está em jogo e se essa vida for trocada por outra, continuar - se- á no mesmo cenário; com uma diferença primordial: no primeiro cenário a responsabilidade recai totalmente sobre o criminoso, enquanto que na situação de se trocar um refém, caso algo aconteça, a responsabilidade será também daquele que autorizou. É fato que o objetivo do gerenciamento de crise é convergente à busca de uma solução aceitável, caracterizada pela preservação de todas as vidas, pela aplicação da lei e pelo pronto restabelecimento da ordem e, nesse sentido, a alternativa tática denominada negociação tem sido bastante estudada e desenvolvida, pois é ela a que mais pode aproximar-se desse objetivo maior, enquanto que as outras três alternativas existentes, quais sejam: emprego de técnicas não letais, tiro de comprometimento ou mesmo a invasão tática distanciam-se desse mesmo objetivo, ainda que em parte de acordo com situação.
Em que pese à existência de vários negociadores,