Gerenciamento Da Coleta Residuos Solidos Urbanos
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS:
ESTRUTURAÇÃO E APLICAÇÃO DE
MODELO NÃO-LINEAR DE
PROGRAMAÇÃO POR METAS
Valeriana Cunha
Faculdade de Gestão e Negócios,
Universidade Federal de Uberlândia,
Av. Eng. Diniz, 1178, CEP 38401-136, Uberlândia, MG e-mail: valeriana_cunha@uol.com.br
José Vicente Caixeta Filho
v.9, n.2, p.143-161, ago. 2002
Departamento de Economia, Administração e Sociologia,
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,
Universidade de São Paulo,
Av. Pádua Dias, 11/151, CEP 13418-900, Piracicaba, SP, e-mail: jvcaixet@esalq.usp.br
Resumo
Neste trabalho é desenvolvida e aplicada metodologia para auxiliar a tomada de decisões, nos níveis tático e operacional, do gerenciamento da coleta de resíduos sólidos urbanos. Tal metodologia, baseada em modelo matemático de otimização de programação não-linear por metas, foi aplicada à cidade de
Piracicaba, SP. Pôde-se constatar alguns problemas, como falta de coleta convencional de todos os resíduos gerados em alguns setores, não otimização da frota de veículos existente, produtividades acima das estabelecidas como ótimas na maioria dos setores, densidades abaixo ou acima da média, entre outros. Além disso, verificou-se a necessidade de reestruturação dos setores de coleta para que o gerenciamento se torne mais eficaz. Com a aplicação do modelo, pôde-se concluir que tal ferramenta é útil na tomada de decisão nos níveis tático e operacional, podendo, inclusive, auxiliar na redefinição de estratégias a serem seguidas pelos tomadores de decisão.
Palavras-chave: logística, gerenciamento da coleta de resíduos sólidos urbanos, programação por metas.
1. Introdução
P
rocurando a palavra lixo no dicionário, encontram-se os seguintes significados: “1.
Aquilo que se varre da casa, do jardim, da rua, e se joga fora; entulho. 2. Tudo o que não presta
e se joga fora. 3. Sujidade, sujeira, imundície.
4. Coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. 5.
Ralé” (Ferreira, 1986).
O próprio significado da