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Graciliano Ramos é considerado um dos maiores escritores brasileiros, sendo um dos representantes do chamado "romance de 30", ou neorealismo, inaugurado com o romance "A Bagaceira" (1928), de José Américo de Almeida.
Ele publicou seu primeiro livro aos 36 anos de idade, em 1933, "Caetés", romance que ele vinha escrevendo desde 1925. O livro traz o pessimismo que marcou sua obra. Um ano depois, publicou "São Bernardo".
A prisão, que marcou sua vida e obra, em março de 1936, aconteceu em plena ditadura Vargas. O livro "Angústia" foi lançado em agosto de 1937, depois que ele foi solto, e ganhou o prêmio Lima Barreto, concedido pela "Revista Acadêmica".
O autor gostava de escrever seus livros à mão. Os originais de "Infância" encontram-se no Instituto de estudos Brasileiros, da USP (Universidade de São Paulo). São 40 relatos distribuídos em três pastas de manuscritos a tinta, contendo as correções e alterações feitas pelo próprio Graciliano.
Graciliano Ramos foi um escritor extremamente cuidadoso, quanto à forma de seus livros. Rescrevia os seus livros sem cessar, procurando retirar deles tudo àquilo que considerasse excesso. De estilo delicado Graciliano sempre foi considerado como exemplo de elegância e de elaboração.
Biografia
Graciliano Ramos nasceu em Quebrângulo (AL), em 1892. Um dos 16 filhos de uma família de classe média do sertão nordestino, passou parte da infância em Buíque (PE) e outra em Viçosa (AL). Fez estudos secundários em Maceió, mas não cursou faculdade. Em 1910, sua família se estabelece em Palmeira dos Índios (AL).
Em 1914, após breve estada no Rio de Janeiro, trabalhando como revisor, retorna à cidade natal, depois da morte de três irmãos, vitimados pela peste bubônica. Passa a fazer jornalismo e política em Palmeira dos Índios, chegando a ser prefeito da cidade (1928-30).
Em 1925, começa a escrever seu primeiro romance, Caetés - que viria a ser publicado em 1933. Muda-se para Maceió em 1930, e dirige a