geração Y
André Barcaui
Introdução
Em meu trabalho como coach para executivos, acabei me especializando naquele tipo de profissional chamado popularmente de “gerente novo”. Não necessariamente em função de sua idade, mas fundamentalmente em função do seu tempo de gerência. São tipicamente profissionais recém-empossados que não exerciam cargos ou papéis de liderança e que acabam por assumir esse novo desafio em suas organizações, tendo a sua frente uma área ou um projeto a ser gerenciado. As dúvidas e inseguranças que acompanham esse novo ciclo na vida deste profissional, sua interface com seu time e demais stakeholders, e particularmente a relação com seu(s) chefe(s) têm sido a tônica da maioria das sessões. Mesmo não sendo a juventude um pré-requisito stricto-sensu para que se nomeie alguém para um cargo gerencial, em função das mais variadas circunstâncias, tenho observado que uma quantidade maior de jovens tem sido seduzida pelo glamour da incumbência gerencial, ou compelidos a ela por força das circunstâncias e contingências ambientais a que o mundo corporativo se encontra indelevelmente submetido. Incluindo neste cenário o crescimento de nosso país e a dicotomia a que estamos subjugados entre a demanda exponencial por profissionais capacitados de um lado e a escassez de mão-deobra de outro. Neste sentido, a chamada ”Geração Y” tem sido convocada a mostrar a que veio, em um processo natural de crescimento vegetativo positivo dos cargos gerenciais nas organizações.
Mas quem são esses novos gerentes da “Geração Y”? Até que ponto sentem-se aparelhados técnica e emocionalmente para a função que assumiram? Quais os conflitos e questões passíveis de revelação a partir do seu relacionamento com pessoas de outra geração no ambiente de trabalho? São estas as questões-chave motivadoras deste artigo, que busca refletir sobre a inserção da “Geração Y” em cargos de gestão no mercado