Geração de computadores
A Primeira Geração — Válvulas (1945-1955)
O estímulo para o computador eletrônico foi a Segunda Guerra Mundial. Durante a primeira fase da guerra, os submarinos alemães estavam massacrando os navios britânicos. Ordens eram enviadas pelos almirantes alemães de Berlim para os submarinos por rádio, o que os ingleses podiam interceptar, e o fizeram. O problema era que estas mensagens eram criptografadas utilizando um aparelho denominado ENIGMA, cujo precursor, casualmente, foi projetado pelo inventor amador e ex-presidente dos EUA, Thomas Jefferson.
No início da guerra, a inteligência britânica conseguiu adquirir uma máquina ENIGMA da inteligência polonesa, que tinha sido roubada dos alemães. Entretanto, para decifrar uma mensagem codificada, era necessária uma imensa quantidade de cálculos, e, para que ela pudesse ser aproveitada, esta decodificação deveria ser feita o mais rapidamente possível. Para decodificar estas mensagens, o governo britânico criou um laboratório altamente secreto que construiu um computador eletrônico denominado COLOSSUS. O famoso matemático britânico Alan Turing ajudou a projetar esta máquina. O COLOSSUS ficou operacional em 1943, mas, como o governo britânico manteve praticamente todos os detalhes do projeto classificados como segredo militar durante 30 anos, a linha COLOSSUS nasceu morta. Vale apenas salientar que foi o primeiro computador eletrônico digital do mundo.
Além de destruir as máquinas de Zuse e estimular a construção do COLOSSUS, a guerra também afetou a computação nos Estados Unidos. O exército precisava de tabelas de alcance para calibragem de mira de sua artilharia pesada, e achava que calculá-las manualmente consumia muito tempo e era sujeito a erros.
John Mauchley, que conhecia o trabalho de Atanasoff e o de Stibbitz, sabia que o exército estava interessado em calculadoras mecânicas. Da mesma maneira que muitos cientistas da computação que vieram depois dele, Mauchley apresentou um pedido de