Gerativismo e as construção da sentença do "para mim fazer"
A gramática normativa, tradicional explica que essa sentença “ para mim fazer” está errada e não pode pertencer a gramática tradicional porque ela estabelece regras do “bom uso” da língua observando um padrão ideal ( a norma culta), com base na tradição literária. Porém quando um docente de língua portuguesa é surpreendido com um questionamento de um discente em sala de aula, tal como “por que eu não posso falar para mim fazer ?” a maneira mais fácil de responder essa perguntar é falando para o aluno que não é certo falar para mim fazer porque mim não conjuga verbo. Mas sabemos que o verbo na estrutura da frase está no infinitivo, logo o verbo não está conjugado. Desse modo, a metodologia da gramática tradicional torna-se inadequada e o estudo gramatical se torna imposto e autoritário, uma vez que a gramática normativa não dá conta de todas as sentenças e não constitui um corpo coeso de conhecimento.
Já em uma visão gerativista a construção da sentença “para mim fazer” vai ser observada como um construção própria da língua e por isso não pode ser irrelevante, até porque quando falamos, mesmo que não estejamos obedecendo às regras ditas como “ culta”, estamos fazendo o uso de regras que são, ditadas pela a racionalidade humana, ou seja, nos apropriamos de uma gramática internalizada que dá conta de explicar uma sentença desconhecida e nos faz compreender essa sentença sem que ninguém tenha ensinado. Nessa concepção de gramática não existe um conceito de “certo” e “errado” há tão somente os conceitos de gramaticalidade e agramaticalidade, ou seja, sentenças que