geosfera
A crosta terrestre é, segundo o modelo físico, a camada mais superficial e também a mais fina da geosfera, com uma espessura máxima de 70 quilómetros. Divide-se em crosta continental (a que forma os continentes, mais espessa e menos densa — densidade de 2,7) e crosta oceânica (a que forma os fundos oceânicos, mais densa — uma média de 3). A sua espessura é variável: vai dos 5 quilómetros aos 10, na crosta oceânica, e dos 20 aos referidos 70, na crosta continental. Representa apenas 0,8%, aproximadamente, do volume da Terra.
Quanto à composição, a crosta continental é constituída essencialmente por rochas graníticas e a oceânica por rochas basálticas, sendo os elementos quími-cos mais abundantes sílica, oxigénio, alumínio, magnésio e ferro.
Note-se que a crosta oceânica não inclui os oceanos e os mares em si; estes fazem parte da hidrosfera, e não da geosfera, e ocupam 0,1% do volume total da Terra.
A crosta oceânica é separada da camada seguinte, o manto, pela desconti-nuidade de Mohorovičić (ou Moho), descoberta pelo geofísico polaco Andrija Mohorovičić (1857 – 1936), fronteira cuja espessura varia entre 0,1 e alguns qui-lómetros. A Moho altera a velocidade de propagação das ondas sísmicas. 5. Crosta e parte superior do manto, separados pela descontinuidade de Mohorovičić.
Manto
O manto é a camada mais espessa da geosfera, estendendo-se de 30 (em mé-dia) até cerca de 2900 quilómetros de profundidade. Divide-se em manto supe-rior, menos espesso (até aos 660 quilómetros) e menos denso (média de 3,3), e manto inferior, com uma densidade média de 5,5. O seu volume é 82,9% do da Terra.
O manto é constituído principalmente por peridotitos, que são rochas ultra-básicas compostas essencialmente por olivina e piroxenas. O manto inferior é formado por materiais mais densos que a olivina, como a perovskite. Os ele-mentos que existem em maior quantidade no manto são portanto sílica, oxigé-nio, magnésio e ferro.
O manto termina na descontinuidade de