George vi como poucos conhecem
O filme O Discurso do Rei, dos autores Mark Logue e Peter Conradi, conta história de Albert rei inglês, com excelente interpretação de Colin Firth, que tem sérios problemas com a fala; quando ainda é um príncipe e seu pai o convoca para discursar diante da nação, então duque de York, não pode evitar que a gagueira interfira em seu discurso.
Tem um inicio bastante comovente, trazendo um sentimento de angustia e compaixão para a um príncipe, gago desde sua infância, que se depara com um estádio Wimbledon lotado; com o seu povo esperando um discurso que transmita firmeza e segurança, típico de um homem do autoescalão da corte inglesa. Sendo que o mesmo não acontece, ele é pressionado pelo pai e membros da realeza, o que o leva a procura incansável de vários especialistas, mas todos os seus esforços são em vão.
Sua esposa Elizabeth, interpretada de forma sublime e delicada por Helena Bonham Carter, o convence a tentar um novo tratamento com um fonoaudiólogo nada convencional, Lionel Logue, vivido por Geoffrey Rush em uma atuação de alto nível, com indicação ao Oscar 2011 como ator coadjuvante.
No início o príncipe resiste à terapia subversiva, mas aos poucos, quando percebe a evolução, vai cedendo e abrindo espaço para uma convivência mais íntima com Lionel. Paralelamente seu irmão mais velho, Edward VIII, cria uma situação inusitada na história da realeza britânica; apaixonado por uma norte-americana recentemente divorciada, ele cede aos seus caprichos e gradualmente abandona suas responsabilidades perante o trono, o qual assumiu após a recente morte do pai.
É quando Albert se vê diante de um dilema. Assumir em um dos momentos mais difíceis da história mundial, pois são dias que antecedem a segunda Guerra Mundial e Hitler avança, ameaçando com seu poder bélico. E o seu pilar é Lionel, que atua também como psicólogo de seu cliente e amigo. Seus exercícios e técnicas incomuns levam o rei a criar uma maior autoestima e uma segurança