George Simmel
No texto “As grandes cidades e a vida do espírito”, Simmel analisa como a modernidade e a economia monetária afetaram o modo de vida dos sujeitos. Enquanto nos habitantes das cidades pequenas predominam os costumes, o ritmo lento, a emotividade e o sentimento, ou seja, o ânimo. Os habitantes das grandes cidades sofrem com “a intensificação dos estímulos nervosos”, que acabam influenciando na personalidade do mesmo gerando sujeitos objetivos, distantes, impessoais e calculistas (embotamento dos sentidos), sujeitos que agem a partir do entendimento.
Como a economia monetária, os sujeitos das grandes cidades são indiferentes a tudo que é individual. O dinheiro quer saber apenas aquilo que é comum a todos, que é o “valor de troca”, dessa forma nivela tudo ao mero quanto. A essência contábil do dinheiro levou para a relação dos elementos da vida a precisão, segurança na determinação de “igualdades” e somente uma forma de interpretar os acordos e combinações. O espírito moderno tornou-se o espírito contábil, a economia monetária preencheu a vida dos indivíduos com comparações, determinações numéricas, redução de valores qualitativos a valores quantitativos.
Simmel mostra como a modernidade é ambivalente e que está intrinsecamente ligada a vida monetária. Esta desenvolve potencialidades, mas ao mesmo tempo aliena o indivíduo (atitude blasé). O dinheiro é o deus da vida moderna, afirma, mostrando como na modernidade