George Simmel - conflito, liberdade, díade e estrangeiro
Vitor Manhaes Lopes
O conflito como sociação
O conflito é uma forma de sociação, uma vez que não é possível com apenas um indivíduo. Ela ocorre quando há dissociações, como ódio, inveja, necessidade, desejo, causando um desentendimento na interação. Porém, é por causa do conflito que as diferenças e o dualismo podem ser resolvidos, sendo que um anula e completa a ideia do outro até o ponto de se formar uma unidade. Os aspectos positivos e negativos do conflito estão integrados, podendo ser separados conceitualmente, mas não empiricamente
Isto fica bem claro quando pensamos em nossas próprias relações individuais, uma vez que notamos a forma que elas tomam a partir de decisões e discuções, mudando o rumo e o jeito de agirmos perto do outro. A relevância sociológica do conflito
A sociologia é estudada basicamente a partir da unidade do individuo e na unidade de um conjunto de indivíduos, a sociedade. O conflito apareceria depois, sendo este uma forma de negar essa unidade. Através do conflito, é “forçada” a mudança e o desenvolvimento das integrações, uma vez que um deve se adaptar ao outro. Se não houvesse conflito nas interações, se não houvesse competição, desarmonia, etc., a sociedade não ganharia forma nem características próprias.
Na minha opinião tais afirmações ressaltam o que foi dito acima, mas, além de moldar as relações, podemos ver que também evoluímos com os conflitos. Isso também vale para uma sociedade, a qual aprende com seus erros e conflitos, se ajustando e melhorando suas atitudes com o tempo, baseado em conflitos passados. Unidade e discordância
A unidade pode ser descrita como a concordância e o consenso entre indivíduos, e também a síntese total de um grupo de pessoas. Impondo uma discordância e uma oposição, estes podem causar um caráter negativo e destrutivo entre indivíduos particulares, porém, não significa que prejudicaria um grupo de pessoas. Se existe outras