Geopolitica social global mundial
“gordinhos” têm chance de sobreviver
19:16, 25/03/2013
REDAÇÃO ÉPOCA
ANIMAIS TAGS: ÁRTICO, CITES, MUDANÇAS CLIMÁTICAS, URSO POLAR
O excesso de peso é um problema para muitas pessoas mas, para os ursos polares, pode ser a solução.
Um novo estudo publicado na última semana na revista científica Journal of Animal Ecology mostra que oalarmante degelo no Ártico está modificando os hábitos dos ursos polares e, com mais dificuldade para conseguir alimentos, apenas aqueles que têm mais gordura conseguirão sobreviver.
O estudo foi feito em duas fases. Na primeira, os pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, analisaram o comportamento de cem fêmeas da espécie no período de 1991 a 1997. Na segunda etapa, os pesquisadores analisaram o período de 2004 e 2009, quando o degelo do Ártico já estava mais intenso, e compararam os resultados. No período mais recente, com uma área de mar congelado menor, os ursos polares estavam passando menos tempo caçando focas e outros animais marinhos.
Seth Cherry, um dos autores do estudo, disse ao jornal britânico The Telegraph que esse comportamento é exatamente o esperado em um cenário de aquecimento global. Os ursos polares levam mais tempo para partir para a caça, e voltam mais cedo do que anteriormente. O resultado é que o período em que eles passam sem se alimentar fica maior, e por isso aqueles que acumularam menos gordura correm mais riscos.
O urso polar é uma das espécies mais ameaçadas pelas mudanças climáticas, já que o degelo do Ártico acaba com seu habitat. Há hoje cerca de 20 mil animais da espécie, espalhados pelo Polo Norte, e a população de ursos diminui rapidamente. Esses dados, porém, não foram suficientes para que a
Convenção sobre o Comércio de Espécies em Perigo de Extinção (Cites) aumentasse a proteção da espécie. Reunidos na Tailândia, no começo de março, os países do Cites não aprovaram uma proposta dos
Estados Unidos e Rússia para acabar com o