Geomorfologia
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A Geomorfologia estuda as formas da superfície terrestre, ou seja, entende os relevos das paisagens e os processos que deram origem a estas formas da Terra, os processos morfogenéticos. Para isso, procura descrever as formas e explicar os processos e estruturas que as determinaram. Precisa então entender a litologia (tipo de rocha), o clima, a drenagem (os rios) e as estruturas tectônicas, assim como as intervenções das sociedades humanas. Tem como meta otimizar a ocupação social dos espaços e a exploração dos recursos naturais.
As formas do relevo, generalizadamente, resultam de uma ‘disputa’ entre os processos endógenos, que tendem a originar relevos em elevações, e os exógenos, que tendem a rebaixar relevos. O sistema da tectônica de placas leva a soerguimentos e formação de cadeias de montanhas. As rochas soerguidas ficam mais expostas ao intemperismo e à erosão, acarretados pelo sistema do clima. A morfologia de uma montanha ou de um planalto ou de uma planície deriva da interação contínua destes dois sistemas. E cada um é resultado da magnitude e da intensidade, bem como da interação de processos endógenos e climáticos ao longo do tempo.
Os processos endógenos – tectonismo, dobramentos, falhamentos e magmatismo, levam à formação de elevações ou rebaixamentos de porções da superfície. Que serão continuamente retrabalhados pelos processos exógenos.
Ou como escreveu CASSETI:
“A geomorfologia é um conhecimento específico, sistematizado, que tem por objetivo analisar as formas do relevo, buscando compreender os processos pretéritos e atuais. Como componente disciplinar da temática geográfica, a geomorfologia constitui importante subsídio para a apropriação racional do relevo, como recurso ou suporte, considerando a conversão das propriedades geoecológicas em sócio-reprodutoras (Kügler, 1976,