Geomorfologia Erosão
Parte da água da chuva cai diretamente no solo, outra é interceptada pela cobertura vegetal, podendo retornar à atmosfera pela evaporação ou chegar ao solo. A parte da água do ciclo hidrológico que chega ao solo diretamente pelo impacto das gotas, ou indiretamente, após ser interceptada pela vegetação, é a que vai participar da erosão pluvial.
De acordo com Guerra, Silva e Botelho (1999), o processo erosivo realizado pela ação da água pluvial, pode ser dividido nos seguintes estágios:
Salpicamento (splash): ocorre a partir do momento em que as gotas de chuva batem no solo e podem causar a remoção ou ruptura dos agregados, selando o topo do solo, e a conseqüente formação de crostas.
Formação de poças (ponds): poças são formadas na superfície (nas pequenas depressãoes) à medida que o solo torna-se saturado com a infiltração da água. È o estágio que antecede o escoamento superficial.
Escoamento superficial (runoff): è o responsável pelos processos erosivos de superfície. A água que se acumula nas depressões do terreno começa a escoar pelas vertentes quando o solo está saturado, e as poças não conseguem mais conter a água.
Inicialmente o fluxo é difuso, provocando a erosão laminar, conhecida também como sulcos, e consequentemente vêm as ravinas.
A erosão é um processo complexo e a intensidade com que ela ocorre depende, basicamente, de três fatores: das características da chuva, das características do solo e das características da superfície do solo (Watson & Laflen, 1986).