Geomorfologia Cárstica
1. Introdução Compreende-se por geomorfologia cárstica o estudo da forma, gênese e dinâmica dos relevos elaborados sobre rochas solúveis pela água, tais como carbonáticas e os evaporitos, e, mesmo, rochas menos solúveis, como os quartzitos, granitos, basaltos, entre outras. Os relevos cársticos, perfazem o total de aproximadamente 10% do globo terrestre, em sua maioria sobre rochas carbonáticas, distinguem-se por sua beleza e exuberância. Feições cársticas são todas as formas de relevo ativos elaborados sobretudo pelos processos de corrosão (química) e pelos processos de abatimentos (físicos). Feições cársticas elaboradas por processos de corrosão ou abatimento, hoje não mais ativas, são denominadas paleocársticas. Feições do tipo “carste”, não elaboradas por processos de corrosão e abatimentos, são denominadas pseudocársticas. A Boegli (1980) distingue o exocarste do endocarste. O primeiro representa os relevos superficiais, e o segundo caracteriza as formas subterrâneas de domínio da espeleologia. A gênese e evolução de uma paisagem cárstica depende do grau de dissolução da rocha, da qualidade e volume de água associados às características ambientais da litosfera, biosfera e atmosfera.
2. Morfologia Cárstica. Existem inúmeras classificações morfológicas do carste. Serão descritas aqui as formas mais clássicas.
2.1 Lapiás São caneluras ou regos de espessura milimétrica a centimétrica, que sulcam a superfície da rocha cárstica, através de variados padrões, podendo atingir uma dezena de metros de comprimento.
2.2 Poliés, Uvalas e Dolinas São formas negativas, depressões fechadas cujo maior representante é o poliés – uma grande planície de corrosão, alcançando centenas de quilômetros e apresentando fundo plano atravessado por um fluxo contínuo de água que pode ser confinada em algum ponto por um sumidouro.
2.3 Maciços, Mogotes, Torres e Verrugas São relevos positivos, com