Ponta Grossa é uma cidade média, com cerca de 250.000 habitantes em seu espaço urbano, localizada a cerca de 120 km a noroeste de Curitiba, no Estado do Paraná. O sítio urbano apresenta características singulares. O centro situa-se num alto topográfico de onde diverge rede de drenagem radial, formada por arroios tributários dos rios Tibagi, Verde e Pitangui. A cidade expandiu-se, inicialmente, pelos divisores das bacias dos arroios, com os eixos urbanos compondo geometria radial. Os estudos enfocando os sedimentos quaternários no espaço urbano de Ponta Grossa objetivaram caracterizar e mapear os processos deposicionais e erosivos e seus principais fatores condicionantes, bem como apontar ações preventivas e corretivas no âmbito do poder público municipal. O substrato geológico de Ponta Grossa apresenta arenitos da Formação Furnas (Devoniano), folhelhos da Formação Ponta Grossa (Devoniano), arenitos e diamictitos do Grupo Itararé (Carbonífero Superior) e intrusivas básicas relacionadas ao Magmatismo da Serra Geral (Cretáceo). Sedimentos quaternários são comuns, indicando fases pré-atuais de entulhamento dos talvegues. Estes depósitos assumem importância, ora por constituírem a matéria-prima para muitas olarias locais, ora por se apresentarem entalhados pela drenagem, sujeitando-se a processos erosivos ativos. A cultura geológica é essencial, no âmbito das Geociências, para entendimento de muitos dos temas científicos em cuja pesquisa são investidas enormes somas de recursos e que merecem a dedicação de cientistas de todo o mundo (Sgarbi 2001). Os alunos deveriam ser estimulados a compreender processos e mecanismos de evolução do planeta, externos ou internos, e avaliar, em paralelo, os avanços modernos de pesquisa sobre a interação entre tais esferas, para conscientizar-se sobre problemas como os dos recursos naturais não-renováveis e dos atuais níveis de consumo de combustíveis fósseis. A missão central da Geologia é entender como funciona o planeta e determinar