Geologia
Estrutura da Terra
Para conhecimento do interior da Terra é preciso efetuar muitas observações e conseqüentes estudos. Sabe-se que a Terra tem, em média, 6.400 Km de raio e, portanto, um estudo direto não poderá ir além de pequenas profundidades. De fato, para além das milhares de sondagens que se tem feito para prospecção de jazigos de petróleo e outros minerais as quais não excedem geralmente a profundidade de 2.500 metros (quando ultrapassam esta profundidade dizem-se ultraprofundas e não ultrapassam os 9.000 metros), efetuaram-se algumas sondagens ultraprofundas com o objetivo de se conhecer a constituição do interior da Terra. Contudo, a perfuração mais profunda atingiu a profundidade de 12.023 metros, realizada, em 1984, na Península de Kola (ex-URSS), o que corresponde a 0,19% do raio da Terra. A perfuração de poços de grande profundidade permite que se realizem importantes investigações no domínio da petrologia, paleontologia, geoquímica e geofísica. As minas que se destinam à exploração de recursos minerais não excedem os 4 Km de profundidade.
Diagrama mostrando os principais métodos de estudo para a compreensão da estrutura interna da Terra.
O estudo aprofundado dos afloramentos rochosos à superfície é de grande importância para o conhecimento da estrutura interna da Terra. Algumas rochas que têm a sua origem em profundidade podem aflorar à superfície. Para isso é necessário que sejam submetidas a forças que as façam ascender e, posteriormente, sejam postas a descoberto pela erosão. O vulcanismo, no seu sentido limitado, é um fenômeno superficial, pois os produtos emitidos na superfície e a formação do aparelho vulcânico podem ser observados diretamente. Mas as causas do vulcanismo são de origem profunda. A matéria fundida (magma) que alimenta os vulcões forma-se no interior da Terra em conseqüência de perturbações do equilíbrio normal.
Para as zonas que ultrapassam os processos de observação direta, há que recorrer a outros