GEOHISTÓRIA ECONÔMICA DA ZONA DA MATA MINEIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

GEOHISTÓRIA ECONÔMICA DA ZONA DA MATA MINEIRA

No texto Geohistória Econômica da Zona da Mata Mineira, de Rafael Rangel Giovanini, são discutidas algumas causas para a rápida ascensão e posterior declínio da Zona da Mata. Vários estudos são realizados a respeito dessa região, mas ainda existe uma característica pouco explorada e que foi amplamente abordada no trabalho de Giovanini – a dimensão espacial. Esse trabalho traz a dimensão espacial para o centro da discussão, levantando e relativizando questões como a propalada deficiência dos solos e da topografia da Mata, a fim de aferir sua real importância para o desenvolvimento e a estagnação dessa região mineira. A Geohistória Econômica da Zona da Mata Mineira também tem como objetivo “elaborar e delimitar de maneira mais clara algumas e explicações econômico geográficas acerca da ocupação inicial da Zona da Mata e do desenvolvimento de suas atividades econômicas primazes, vis à vis as articulações inter-regionais. Tais explicações refletem a intenção de destacar elementos que são secundarizados ou inexplorados em diversas pesquisas de historiadores e economistas.” (GIOVANINI, p. 2) A área estudada concentra-se temporalmente no período compreendido entre o princípio da expansão cafeeira na região em 1809, e a fase inicial da decadência da indústria regional na primeira metade do século XIX. Segundo o autor não se pode mais afirmar que a Zona da Mata era uma terra sem história e sem uma área habitável até o início do século XIX, pois havia uma significativa ocupação indígena na região, advinda de movimentos migratórios de descendentes dos Goitacás do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, em função do contato dos portugueses pelo litoral. "Sua fixação na região é decorrência direta do ambiente que encontraram, com vegetação bastante similar à de suas áreas de origem.