Geografia
As relações dos Nawa com outros povos indígenas são principalmente de ordem política, com exceção dos Nukini, com os quais possuem um vínculo mais intenso. No Município de Mâncio Lima os Nawa realizam atividades comerciais, freqüentam os hospitais, estudam, retiram suas aposentadorias e salários e visitam seus parentes. Apenas deslocam-se para as cidades de Cruzeiro do Sul e Rio Branco quando necessitam de um tratamento mais especializado de suas enfermidades. Assim, o maior contato dos Nawa com a sociedade envolvente ocorre na cidade de Mâncio Lima.
Nesta cidade, com freqüência, os Nawa levam o excedente de sua produção agrícola, como arroz, feijão, milho e farinha para comercializarem. Com o dinheiro obtido na venda desses produtos eles compram diversos outros, industrializados: sal, açúcar, café, óleo de cozinha, roupa, calçado, pólvora, chumbo, anzol, tarrafa, óleo para motor, gasolina, machado, terçado, foice, motor para barco, material escolar, remédios etc. Esses produtos são essenciais para o modo de vida dos Nawa. Contudo, esses bens são adquiridos aos poucos, conforme a necessidade, devido à baixa renda que possuem. Sua fonte de renda provém apenas dos produtos comercializados, da aposentadoria rural e dos salários dos professores e dos agentes de saúde. Como o recurso obtido com aposentadorias e salários é bastante exíguo, e utilizado por vários integrantes de uma família, a maior fonte de renda vem do comércio.
O comércio dos Nawa com a sociedade envolvente ocorre também com os “regatões”, que são comerciantes que sobem o rio comprando principalmente animais domésticos e vendendo produtos industrializados. Os suínos, galináceos, bovinos e outros são freqüentemente vendidos para esses comerciantes. Como não levam esses animais para venderem na cidade, muitas vezes o comércio é desenvolvido entre os próprios Nawa ou com os Nukini
Ainda na cidade de Mâncio Lima, os Nawa buscam atendimento médico e compram remédios para doenças