geografia
A emergência da dualidade no discurso dos fundadores da geografia moderna
No início da modernidade, o destaque era a produção de grandes quantidades de informações e dados, com dificuldade a da ciência da época de segmentá-la. Assim, no séc. XIX, com a incapacidade de analisar alguns dados criados desta modernidade, os domínios disciplinares específicos definiram seu instrumento próprio sobre essas questões.
A geografia era ligada em viagens e não tinha clara sua identidade, uma interpretação própria. Entre os séculos XVIII e XIX é que descobriram a paisagem, é neste momento que se torna um campo disciplinar próprio sistematizando as informações e controlando sua produção. Assim, baseado na Rev. Cientifica (XVIII) se faz necessário substituir a dimensão metafísica de pesquisa por uma legitimidade epistemológica baseada em validar seus métodos. A partir deste novo olhar científico, surge outro gênero preocupado com o método e com a lógica do saber, a geografia chamada “física do mundo” na época. Esta geografia, além de estudar as relações entre homem e natureza, começava a expressar também a modernidade paradoxal e contraditória.
Segundo a maioria dos historiadores da geografia, Alexander von Humboldt é o 1º a colocar novas regras no pensamento geográfico moderno, pois há diferenças entre os naturalistas antes de Humboldt e o próprio. Humboldt valorizou a observação direta e a descrição detalhada (usada nas viagens do séc.XVIII) com o olhar permanente de comparações e raciocínios evolutivos e gerais. Ele relatava cada fenômeno na relação com outros, uma interação recíproca além de observar a sociedade local e o meio físico.
Com sua formação intelectual e sua cultura, Humboldt, reconduziu as tradições narrativas de viagens e cosmografias, a um novo modelo científico, atualizando-as pelas descobertas da época. Pela influência de Aufklarer, os ideólogos e enciclopedistas de Paris, Humboldt se caracterizava como um eclético cosmopolita. Outras influências