GEOGRAFIA
Resolução já permite localizar queimadas ou clareiras abertas na floresta.
Vigiar o desmatamento na Amazônia virou uma tarefa menos complicada com algumas novas tecnologias. Com satélites e programas de computador, em sete anos, o desflorestamento da floresta caiu de 27 mil quilômetros quadrados para 6 mil.
Flagrados do alto, os criminosos não tiveram tempo de se esconder, e confessaram. Nem uma clareira pequena, no meio da floresta que tem mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, escapa aos olhos que vigiam a Amazônia.
Essa história começa em São José dos Campos, interior de São Paulo, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, um dos principais centros de produção de tecnologia do país. É lá que está o único laboratório do Hemisfério Sul com capacidade de realizar os testes necessários antes do lançamento de um satélite de verdade.
A porta tem meio metro de espessura, é recheada de areia e pesa 22 toneladas. Demora dez minutos para fechar. Os satélites são o ponto de partida para outra tecnologia. Há mais de 20 anos, o Inpe usa as imagens captadas a centenas de quilômetros de altura para combater o desmatamento da Amazônia.
Hoje, o trabalho é feito no centro regional da Amazônia, em Belém do Pará. “Essa nova imagem vem para os nossos técnicos aqui e os técnicos fazem a interpretação desse solo exposto que foi gerado o corte raso", diz o geógrafo Luis Sadeck, especialista em geotecnologia.
Em cima, no satélite, haverá sensores que capturam a energia eletromagnética, popularmente conhecida como a luz. O sol emite essa luz. Essa luz incide sobre os alvos e atinge esses alvos, que podem ser vegetação, casa, carro, a gente.
Essa reflexão retorna para o sensor, e todas as barreiras atmosféricas vão reduzindo essa quantidade de energia. Lá na frente, o sensor consegue capturar alguma parte dessa energia, que é transformada em pulso eletromagnético, enviado para alguma estação na