GEOGRAFIA E PLANEJAMENTO: ENTRE O PURO E O COMPLICADO
GEOGRAFIA E PLANEJAMENTO: ENTRE O PURO E O COMPLICADO Cássio Eduardo Viana Hissa – Revista GEONOMOS, 6 (2): 33-43
Introdução:
- O puro pode ser compreendido como aquilo que não foi tocado. Na linguagem da ciência, o puro qualifica aquilo que não foi produzido para transformar, para ser complicado. O puro seria O puro seria o suposto território de teóricos; o aplicado, por sua vez, seria o domínio daqueles que fazem, dos mais práticos: dos que assim se consideram - livres da abstração teórica
- O objetivo desse estudo é, de forma preliminar, refletir sobre algumas fronteiras construídas ao longo da construção do pensamento moderno.
- À neutralidade da ciência corresponde uma postura política do sujeito objetividade diante do objeto que procura conhecer.
-A fronteira entre o puro e o aplicado, no âmbito da ciência moderna, assume formatos especiais e aparta o conhecimento produzido de sua aplicação: de um lado o conhecimento sobre o “mundo”.
-Técnica pura: a negação do saber. Em outros termos, a técnica - também compreendida como ciência aplicada - adquire na sociedade uma imagem de independência do saber que a concebeu.
Planejamento; Reflexões introdutórias acerca de práticas tradicionais
-Planejamento é palavra que, nas últimas décadas, vem sendo utilizada para explicitar uma intenção de racionalizar operações, da maneira mais objetiva, em todos os setores da vida social moderna.
- Portanto, independente da situação, das “realidades”, assim como das temáticas, planeja-se para modernizar: para crescer, para desenvolver. E, do mesmo modo, no mesmo nível de intenções, planeja-se para que tais objetivos possam ser alcançados mais rapidamente.
- Planejar pode significar burocratizar. A burocracia pode ser entendida, também, como um sistema organizacional que viabiliza o fluxo de informações. A burocracia viabiliza o funcionamento institucional.
- Planejar pode significar a criação de normas, de