Geografia Petr Leo
Nos últimos anos a participação do gás natural na matriz energética nacional se elevou de 2% para 9%, e esse aumento - fundamentado nos benefícios ambientais, operacionais e econômicos - crescerá nos próximos anos.
Entre os benefícios ambientais, destaca-se a redução de 15% na emissão de gases de efeito estufa quando comparado com a utilização de seu principal substituto, o óleo combustível. Como vantagens logísticas, as que resultam numa distribuição mais segura e eficiente do que a dos combustíveis líquidos. E quanto à operacionalidade, destaca-se a maior segurança nos processos, além do aumento da qualidade dos produtos finais.
O crescimento da demanda pelo energético não foi, porém, acompanhado por investimentos em infraestrutura logística e de transporte, o que se tornou evidente a partir de 2007, com o início da escassez do produto no mercado.
Nesse mesmo período foi modificada pela Petrobrás a forma de precificar o gás natural, que passou a ser reajustado segundo uma fórmula paramétrica com uma parcela fixa - de remuneração dos ativos - e uma parcela variável, influenciada pelo câmbio e pelo seu preço internacional.
A comparação entre os preços de referência do gás natural nacional e o do gás nos EUA evidencia a perda de competitividade da indústria brasileira que utiliza o gás natural como matéria-prima e principal insumo energético. Nossa indústria é responsável por 56% do total do consumo não térmico do gás, e mais da metade corresponde à participação do consumo da indústria de base (química, siderúrgica, metalúrgica).
Embora a Lei do Gás apresente conceitos fundamentais para o desenvolvimento do mercado do energético, a precificação do