Geografia escolar e a construção de conceitos no ensino
Segundo o texto de Lana de Sousa Cavalcanti, que aborda sobre a geografia escolar e a construção de conceitos no ensino, a autora enfatiza que para se entender os problemas do ensino de geografia é necessário fazer uma análise da linguagem geográfica falada em sala de aula por alunos e professores juntamente com a análise da linguagem geográfica científica. E para se entender melhor o seu questionamento Cavalcanti faz importantes levantamentos dos aspectos dos conhecimentos científicos e dos conhecimentos do cotidiano.
Segundo ela, seja como ciência, seja como matéria de ensino, a geografia desenvolveu uma linguagem, um corpo conceitual que acabou por constitui-se numa linguagem geográfica. Essa linguagem está permeada por conceitos que são requisitos para análise de fenômenos do ponto de vista geográfico. Em meio a muitos autores, a autora enfatiza as contribuições de Corrêa, Santos e Moreira, geógrafos que tiveram destaque na teorização da Geografia que discutem seu objeto e seus conceitos elementares. Conceitos estes mencionados como: natureza, o espaço, o território, o ambiente e a paisagem. Tais conceitos que não são exclusivos da ciência geográfica, sendo utilizados, também por outras ciências e pelo senso comum, de diferentes formas e com diversas definições. A autora por essa razão enfoca que é necessário que os conceitos geográficos devam ser analisados e enriquecidos pelo estudo desses conceitos nas formulações científicas.
Com o intuito de fazer o entrecruzamento entre as formulações científicas e o saber cotidiano, captado pelas representações sociais, Cavalcanti partindo da linguagem geográfica utilizada nas aulas de Geografia, expõe algumas formulações de tais conceitos no campo científico, como: lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade.