geog
Subsídio compreensão das transformações na política global desde o século XIX.
O autor analisa os avanços da Geografia Política e da Geopolítica nos vários períodos históricos de maior relevância na produção acadêmica dessa área do conhecimento geográfico, enfatizando grandes autores e suas principais obras.
Introdução, análise dos problemas que envolvem a análise e interpretação dos estudos de Geografia Política, enfatizando a necessidade de atentar às contradições, erros, estratégias e ideologia contidos nesse campo de estudo. Distinção entre Geografia Política e Geopolítica.
Na parte II “A Geografia Política Clássica”, Costa analisa, o surgimento e sistematização desse ramo da Geografia a partir das idéias de Ratzel e Vallaux.
Quanto a Ratzel, o autor faz referência não só à sua obra, analisando o contexto social, político e intelectual. Para Costa a obra de Ratzel só pode ser compreendida se entendermos o momento histórico que viveu o “pai” da antropogeografia. Depois é analisada a contribuição de Vallaux, primeiro grande crítico de Ratzel, principalmente em Geografia Social. O Solo e o Estado, de 1911, onde se estabelece um diálogo entre o Vallaux e Ratzel. Segundo Costa, o conceito de espaço e a idéia do solo como influência no grau de desenvolvimento de sociedades e dos Estados, defendida por Ratzel, são o maior atrito entre os dois. Fica claro que há, além de um embate de idéias, um confronto entre as escolas alemã e francesa, interessadas na hegemonia da produção acadêmica e veiculação dos seus próprios conteúdos ideológicos.
Na parte III, Wanderley M. Costa examina o discurso geopolítico aplicado às relações internacionais e a utilização de tal discurso para legitimar a dominação dos Estados imperialistas. Trata-se, portanto, do surgimento dos interesses estratégicos em âmbito global. É feita uma minuciosa análise