Gentrificação em Docklands
A gentrificação ou enobrecimento urbano de Docklands é uma das maiores críticas do projeto. Com uma estratégia do mercado imobiliário, aliado a uma política pública de revitalização da região em questão, deslocou a população local que geralmente pertencem às classes sociais menos favorecidas (muitos habitantes locais eram incapazes de arcar com os custos elevados das casas novas caras e não havia habitação de baixo custo na área) e atraiu residentes de mais alta renda para recuperar a atividade econômica no local....Os motes da flexibilidade, da adaptabilidade aos ditames do mercado e do abandono da planificação "rígida", exacerbados no caso londrino, fizeram de Docklands o maior exemplo da sujeição do planejamento ao ideário neoliberal, criando "ilhas" de privilégio que tiram proveito das novas localizações valorizadas, relegando a último plano a provisão de serviços sociais e habitação popular. GHIRARDO, Diane: "London´s Docklands."In: Architecture after modernism. London, Thames & Hudson, 1996, p. 176-194.Colin Davies – em um artigo da Architectural Review, em fevereiro de 1987 – critica atuação da LDDC pela ausência de planejamento. Colin Davies, em suas críticas à intervenção nas Docklands, destaca a falta de planejamento e o incentivo à iniciativa privada, na figura de investidores e empreendedores. E também critica a exclusão da participação da comunidade local no processo de discussão da renovação urbana, ainda mais porque a população local, que também sofreu com o declínio das atividades portuárias estava diretamente envolvida em qualquer que fossem as mudanças na conformação urbana e social que os novos empreendimentos poderiam causar. E o mesmo critica também a mono funcionalidade dos novos empreendimentos. Para Peter Buchanan houve ausência de urbanidade, falta de desenho urbano adequado devido à falta de planejamento. Os edifícios não tinham relação entre si em vários lugares de Docklands. Buchanan também