gente que coisa
Atividade 1 - Protágoras, Schopenhauer, Filosofia Clínica
Pense se você já ouviu alguma pessoa dizendo: “O mundo é dos espertos; rico é ladrão; aqui se faz aqui se paga; mulher é tudo igual; homem não presta; a vida passa ligeiro como um sonho; amor é coisa que não existe; quem vê cara não vê coração; todo político mente; o que arde cura; quem cala, consente; antes só do que mal acompanhado; quem espera sempre alcança; devagar e sempre; é preciso amar para ser amado; só o amor constrói; vingança é um prato que se come frio; quem diz o que quer ouve o que não quer; quem tem pressa come cru; filho de peixe, peixinho é; ser mãe é padecer no paraíso; criar filho dá muito trabalho; quem semeia vento colhe tempestade; ajuda-te, que Deus te ajudará; para amar as pessoas é preciso primeiro amar-se a si mesmo; o bem que se deseja ao outro volta para a gente; a minha liberdade termina onde começa a do outro; aprenda a respeitar para ser respeitado; o essencial os olhos não vêem; quem luta da valor ao que tem; quem ama não mata; quem ama não trai; violência gera violência; cada coisa tem seu tempo; uma relação autêntica é feita com respeito mútuo”, etc., etc. Bem, Protágoras nos ensinou que isso é assim para as pessoas que dizem isso – porque elas são a medida de todas as coisas que dizem respeito a elas! Se uma pessoa diz: - “Somente quem foi amado pode agora amar!”, se ela diz isso, não importa que eu concorde ou discorde; importa que provavelmente isso é assim para ela. É esse o critério que ela usa para vivenciar as coisas que estão relacionadas a essa idéia. Não se trata aqui de saber se a idéia da pessoa está certa ou errada (se é que existe certo ou errado nisso!), se é boa ou má (idem), se ela está falando a verdade ou se está me enganando, fingindo que diz a verdade. Nada disso.
A primeira lição fundamental na Filosofia Clínica é que aquilo que uma pessoa sente, vive, afirma, imagina, faz – isso é assim