Gengibre cultivo
Técnico
ISSN 1679-6535
Abril, 2012
Fortaleza, CE
Foto: Rita de Cassia Alves Pereira
Cultivo de Gengibre em
Região Litorânea do Ceará
Rita de Cassia Alves Pereira¹
Maria Gilka Aguiar Bezerra²
Tigressa Helena Soares Rodrigues³
O gengibre (Zingiber officinalle Roscoe) pertence à família Zingiberaceae e é também conhecido como: gengibre-dourado, mangarataia, gengivre, gingibre e mangaratiá (MATOS, 2002). O rizoma dessa espécie é muito utilizado no emprego alimentar e industrial, especialmente como matéria-prima para fabricação de bebidas, perfumes e produtos de confeitaria como pães, bolos, biscoitos e geleias.
Além disso, é conhecido popularmente pelo uso medicinal, como excitante, carminativo e estomacal
(MATOS, 2007).
Planta de origem asiática, é cultivada praticamente em todos os países do mundo. No Brasil, é encontrada nas regiões quentes e úmidas desde o
Amazonas até o Paraná (CORREA JUNIOR, 1994).
É uma erva rizomatosa, sendo sua parte aérea formada por um caule herbáceo, ereto, com
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cerca de 50 cm de altura, apresentando folhas lanceoladas, invaginantes e alternadas (Figura 1A). As flores são hermafroditas, de cor branca amarelada, organizadas em inflorescências com espigas ovoides, que se formam no ápice dos escapos ou pedúnculos saídos do rizoma e possuem as metades laterais simétricas; o fruto consiste numa cápsula que se abre em três lóculos, e as sementes são azuladas com albúmen carnoso (FERRI et al., 1981;
CORREA JUNIOR, 1994). Os rizomas têm aspecto de mãos disformes (Figura 1B), cobertos de casca tênue e parda, compactos, ricos em água, exalam cheiro ativo característico e sabor picante agradável
(MATOS, 2004).
Os rizomas contêm óleo essencial (1% a 2,5%) cuja composição varia em função da época de colheita, origem geográfica e armazenamento dos mesmos. Os constituintes majoritários são: citral,
Engenheira Agrônoma, D. Sc. em Fitotecnia/Plantas Medicinais, pesquisadora da Embrapa