geneticamente modificados
Alimentos Geneticamente Modificados: A Engenharia Genética no nosso prato por Pedro João Gaspar
Introdução
A Alimentação é um tema que envolve e interessa a todos os seres vivos. No caso dos humanos, e dada a sua racionalidade, este assunto reveste-se de particular importância, uma vez que lhe é reconhecido, de forma inequívoca, um papel determinante na sua sobrevivência, desenvolvimento, saúde e bem-estar. Na década de 60, milhões de pessoas, nomeadamente na China, Índia e Paquistão, estavam em risco de morrer de desnutrição, e foram salvos por uma combinação de herbicidas, adubos e sementes seleccionadas – período que ficou conhecido por Revolução Verde. Actualmente é o recurso à biotecnologia, nomeadamente à engenharia genética, que representa a esperança de que o crescimento da população humana seja acompanhado por um crescimento da produção de alimentos, numa estratégia que alguns consideram como a Revolução Verde I. É neste contexto que surgem os Alimentos Geneticamente Modificados e, entre eles, os Alimentos Transgénicos. Os Alimentos Transgénicos têm sido discutidos num clima de grande paixão e controvérsia, principalmente no que se refere aos aspectos relacionados com a biosegurança, a ética e a política de mercado que os envolve. Com este trabalho não se pretende resumir o estado da arte da transgenia, mas sim focar alguns aspectos relacionados com os riscos para a saúde do homem, que o consumo de Alimentos Transgénicos pode acarretar. Para tal procedeu-se a uma pesquisa de elementos bibliográficos que permitissem enquadrar esta temática numa perspectiva abrangente, e em que fossem abordados aspectos como a necessidade crescente de cada vez mais alimentos e o apontar da engenharia genética como solução, os processos técnicos e científicos que estão subjacentes à criação de uma planta transgénica, e também os motivos pelos quais subsistem tantas dúvidas e resistência aos alimentos transgénicos, numa perspectiva dos