Genetica Na Escola 51 Artigo 06
05.01, 39-42 (2010) www.sbg.org.br BASES DA FARMACOGENÉTICA
Marcelo Rizzatti Luizon1*, Ingrid Ferreira Metzger1, Valéria Cristina Sandrim2 e José Eduardo Tanus dos
Santos1
1. Departamento de Farmacologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo. Av. Bandeirantes, 3900, CEP: 14049-900. Ribeirão Preto-SP. *
E-mail: luizonmr@usp.br
2. Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte-MG.
Palavras-chave: Farmacogenética, Polimorfismos Genéticos.
As principais causas de variabilidade individual na resposta à mesma dose de um fármaco são: idade, fatores genéticos, fatores imunológicos, estados patológicos, e interações entre fármacos (RANG et al., 2007).
A Farmacogenética estuda o papel da herança na variabilidade de resposta a fármacos. Esta resposta pode variar de reações adversas, potencialmente letais, a igualmente séria falta de eficácia terapêutica. A variabilidade genética pode desempenhar papel importante na farmacocinética, ou seja, na absorção, distribuição, metabolismo e excreção, assim como na farmacodinâmica, isto é, na interação da droga com o alvo e na relação entre a sua concentração e seu efeito (WEINSHILBOUM e WANG,
2006).
Os exemplos primordiais da Farmacogenética partiram de observações clínicas de diferenças entre os pacientes em suas respostas a doses padronizadas de fármacos, frequentemente em conjunto com variações individuais nas concentrações plasmáticas ou urinárias da droga ou do metabólito da droga. Dois exemplos clássicos envolvem a variação genética na hidrólise enzimática do relaxante muscular succinilcolina pela enzima butirilcolinesterase, também conhecida como BCHE, e a acetilação enzimática da droga antituberculose isoniazida (WEINSHILBOUM e WANG, 2006).
A isoniazida foi uma das primeiras drogas usadas efetivamente no tratamento da tuberculose. As concentrações plasmáticas desta droga mostram uma distribuição bimodal de frequência após a administração de doses idênticas a diferentes